domingo, 4 de fevereiro de 2018

Pedra estrela e a luz que habita em nós, se houver

Naturalmente, de um azul muito escuro, quase negro, e com pontos brilhantes espalhados por toda ela como se fosse uma mágica noite estrelada, a pedra estrela, reza a lenda, era usada no Antigo Egito nos rituais religiosos, pois acreditava-se que ela era capaz de fazer o homem "enxergar a verdade para além do visível". Boa também para, quem a usa, concretizar seus maiores e profundos desejos e sonhos. Estimula a fé e nos momentos nublados de grande escuridão, no faz lembrar que sempre há luz no fim do túnel mesmo que seja o poço da Samara Morgan, pelo que eu li nas fontes do Google.

O mito não para por aí. Sendo assim, os faraós e sacerdotes, quando desencarnavam, tinham sobre seus olhos fechados pó da referida formação rochosa para sempre enxergarem a luz e se conduzirem aos portais dos planos superiores. Se fossem tão burros quanto eu, deixariam a vida boa e perfeita da elite espiritual, para reencarnarem, de novo, na Terra. Faz parte do plano. Faz parte do meu show.

Comprei a minha primeira pedra estrela aos 16, após gastar bem o latim com meu pai taurino, seguro pakas, rs, para me liberar a grana para meu investimento estético-espiritual. Isso foi em 2006. Toda aquela história oral foi contada a partir do storytelling de um cigano chileno. Somente alguns anos depois, descobri que ele me vendeu lebre por gato, chamando-a Sun Stone ou, traduzindo com aquele português carregado no sotaque hispânico, pedra do Sol. Logo um mineral que parece noite de estrelas... 12 anos depois, até hoje tenho o artefato, intacto, em perfeito estado.

Em julho de 2016, lá vamos nós, em São Paulo, fazendo meu curso de Telejornalismo, no Senac da Lapa Scipião, comprei mais 2 pingentes de pedra estrela na Avenida Paulista, num domingo de passeata patriótica, nacionalista, hipócrita. V* queria muito ter uma, mas estava sem grana na hora. Para ver a banda passar, cantando coisas de amor, virou um totem nosso. O meu rachou, de tirar lasca, em dezembro do ano passado, mas dá para usar ainda já que não quebrou no meio.

Tínhamos um grupo no Whats, "O lado bbk da força". O "bbk", traduzindo = babaca, era uma gíria grupal, que eu, particularmente, não conseguia teclar por achar isso muito babaca, rs. Mas aproveitei para o título junto a hype nerd, mesmo nem gostando tanto assim, a ponto de perder tempo com maratona, de Star Wars.

Éramos 6 integrantes e uma foto do meu irmão no perfil, uma montagem tosca que fiz dele como Yoda para ele ficar, visualmente, tosco. Acho que isso falhou miseravelmente, pois a cada 10 menções de nomes masculinos, 11 eram do meu irmão. Muita falta de bom gosto ou tara de papa anjo. Nunca saberei. rs

Pensando na coletividade, no bem comum, ainda em São Paulo, comprei mais 4 pedras estrelas, de procedência de Minas Gerais, como me afirmava o vendedor. No total, torrei 70 reais, sabendo também do valor 7 na numerologia, tão citado na Bíblia. Consegui presentear K* e C*. K* e H*, infelizmente, não. Em 2017, ainda prometi uma para R*, com post e tudo, no aniversário dela; carreguei-a por 3 meses na bolsa para entregar e a promessa nunca concretizou para ela. Dizem que não é a gente que escolhe a pedra, mas a pedra quem escolhe o dono. A hora da verdade.

Desde o princípio nas entrelinhas, prints, conversinhas, fofocas em off, indiretas, mentiras, inveja, cobiça, mais uns 4 pecados capitais, brigas sanguíneas e sanguinárias por conta de homem compromissado seriamente, atraso de vida que eu não presenciei, já que fiquei sem Whats por umas 2 semanas naqueles dias... Resumindo: tretas reais e virtuais de 2016.

O circo pegou fogo com o Comediante dentro quando C* pediu para eu ser cúmplice de uma mentira para que K* fosse prejudicada maldosamente, já que eu quis adjetivar a consequência da ação de baixíssimo nível espiritual, abortada com toda a razão, para eu cometer um pleonasmo justificado pela hipérbole. Nessa categoria, sem modéstia parte, eu sou a melhor incendiária atômica. Sim, quando dá ruim, eu sou uma monstro de monstros. Ou caçadora de vampiros para usar as referências da moda hollywoodiana. Mesmo que os espíritas reprovem meu estilo, falam que o certo é encaminhar o espírito para a luz, eu gosto mesmo é de desintegrar as trevas até que virem pequenos pontos de luz. Pois há certos casos que o certo se torna errado, logo, “menos” com “menos” é “mais”.

Matemática que testei, empiricamente, no meu treinamento provatório e, enfim, no fim ficar rindo por último. Desarmei a arapuca ali mesmo, polêmica, dando close errado na frente de toda a tribo. Fui a primeira a pular fora daquele barco sem rumo, sem sentido, estagnado que afundou por inércia. A primeira vez que saí daquela egrégora por ser, afirmativamente, mais que “seje menas”.

Teve um preço que, olhando de onde estou agora, me faz lembrar de um trecho de uma música dos Engenheiros do Hawaii: "Se eu soubesse antes o que sei agora, erraria tudo exatamente igual". Fui xingada aos montes porque, "coitadinha" da C*, ela estava sentindo a imagem dela prejudicada, como ela falou mesmo? "O que eu fiz vai me fazer parecer com que todas me vejam como uma bruxa megera."

Ah, eu não tive paciência para dizer que a imagem fake dela pouco me importava, pois mais valia que nenhuma de nós fosse prejudicada por capricho e maldade de uma egoísta e invejosa até do afeto que a irmã mais nova recebia de todas nós do grupo. Só porque K* não estava dançando conforme a música do tambor de manipulação barata. Isso é o que a irmã de C*, V*, disse em SP, com o S2 aberto. Deveria ter suspeitado desde o princípio...

Repeti de ano na escola cármica porque, 2 meses depois de ter deixado o barco afundado, tive um sonho horrível na madrugada de outubro, um espírito negro envolvido por uma aura vermelha feito sangue, nojento, cheio de ódio e violência, me atacou dormindo. Dormindo eu sou ainda mais sem compaixão com o que se apresenta, sem máscaras, como mal.

Lá meu eu lírico é uma samurai de olhos sagazes, precisos e imprecisos, de um violeta tão belo e surreal que envergonharia qualquer flor violeta deste plano físico, camuflados no castanho que já foi preto como jabuticaba na infância. Nas mãos, duas espadas, estilo Musashi. Uma vermelha, o yin, e outra azul, o yang. Já destroçando aquela abominável manifestação sem piedade, consegui acessar meu inconsciente conscientemente e detectar que aquele espírito obsessor era um encarnado.

- Quem é você?
- Mari, sou eu! Me ajuda...

Ouvi o timbre de C* me chamando do limbo e sua mão tocando meu ombro direito de tal forma que aquela sujeira espiritual, negra e vermelha, ficou vibrando o dia todo no meu ombro, mesmo quando anoiteceu. Medi a glicose, estava péssima, mais de 400. Comentei a aflição para meu namorado na época, que eu ainda não sabia que ele era místico por causa de sua espiritualidade enrustida. Não o condeno, ele já nasceu de mãe virgem, e se mostrar que tem algum poder de curar totalmente alguém com as mãos, fazendo luvinha de chackras, é capaz que crucifiquem alguém com o arquétipo dele de novo sem nem ele conseguir a conclusão do curso de Direito, na PUC, e subir mais um degrau para a concretização da missão de ser juiz.

Era sábado. Interrompemos nossa sagrada maratona de Death Note e Mirai Nikki para viajarmos até a casa das irmãs e amigas. Sem Jesus na causa, não me atenderam. Fui para a casa de outra amiga por ali nas cercanias e contei o motivo da minha presença. A tia, evangélica a sério, ficou apavorada com o que eu informava, pois, exatamente, no mesmo momento em que eu sonhava, por coincidência/sincronicidade, acontecera um pesadelo na casa das panetones. Briga violenta. O pivô, descobri mais adiante, o homem compromissado seriamente.

Ouvi os gritos, não poderia ignorar o pedido de ajuda, o copo de luz para quem tem sede. Voltei à estaca zero emocional-afetiva. Em dezembro de 2016, o namorado terminou comigo, porque tinha fé que o ditado “Diga com quem tu andas” era verdade absoluta, sendo assim, ele dizia que eu era infiel, RBD e desocupada, mesmo fazendo duas especializações ao mesmo tempo, escrevendo e participando ativamente de eventos literários, fiel mesmo descobrindo as merdas dele no Carnaval. Parou de me chamar de coxinha, reacionária, elitista quando parou de ser um mortadela ignorante formado por leituras de páginas de Facebook para estudar e ler livros de política. Virou um liberal e por ver que não existe liberalismo no Brasil na essência, após outra metamorfose ambulante, tornou-se um social democrata.

Sem aprender a aguda lição cármica, a tendência é repeti-la. Sem sinal, sem comunicação. Ruído 24h por dia. Uma queimadura se formou na mão direita feito bolha, ardida, do nada, após a imposição da mão para purificar um presente ignorado pelo tempo, distância e desinteresse purgante. Um vulto todo, todo negro fora de casa, indo em direção à rua após orar e fazer um limpa mental, uma a uma, de todas as gurias da egrégora negativa e pesada da qual eu não era, definitivamente, mais membro. Igual mudança de operadora. Página virada. Gratidão pelo passado ressignificado pelo hoje.

Hoje, pleno 2018, ano regido na numerologia pelo número mestre 11, fazendo um balanço geral desse treinamento bbk metal core no 13, o saldo é positivo. Novo começo. Novas linhas de futuro. Criação de uma nova escrita. Uma amiga taurina no Natal, um presente que Deus colocou na minha vida e nela está presente. E do grupo das 6, que na verdade era 4, e agregadas rotativas a cada nova roleta russa, apenas uma capricorniana abençoada se mantém ainda amiga, logo quem não sei ser presente como eu gostaria de ser pelo quadro atual de baixa concentração de vitamina D no organismo e chamamento. Por coincidência, atualmente, só tenho amigas escritoras ainda não publicadas. A ariana com síndrome de Benjamin Button é quem quero ser quando for capaz de dar a luz. Tudo é uma questão de espaço e tempo que a lógica cronológica terrestre não compreende nem 3%.

E se você soubesse antes, o que sabe agora, faria tudo exatamente igual? A cada 10.000 pessoas, 10.000 destinos ambulantes, que entrevisto com esta pergunta, apenas uma costuma fugir da margem da normalidade padrão da sociedade, que é a frustração consigo mesmo de ser quem é. A resposta é: sim ou não. “Sim” e “Não” são escolas diferentes de magia, depende da opção e habilidade da cabeça do usuário do chapéu da sabedoria.

A escolha é sua.

Escrito em 4 de fevereiro de 2018, às 12:18

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