terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Aurora amariellada

As estrelas me acenam
com suas luzes
me conduzem

Para seu barro antigo
de excursões e desatinos
Afrodite que sou
meus pés solicitam
os ventos e a nuvem

Supérfluas inspirações
Motes e motéis inúteis
Espelhos gastos revelam
noites repetidas na mesma
imagem

A madrugada
O cinza dispersado
Lento, brando, brado derramado
Nasce a Fênix azul

Enquanto os deuses dormem
Meus gestos se aguçam
Irremissível silêncio
Ofusco nua, crua
sua paisagem

Um no outro
No outro um
Infinitamente
Buscamos a origem
Om


31 de dezembro de 2017

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