terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Na Rede se Pesca Cardumes


Sereias cantam a sua tragédia,
Guerreiras lutam vencida Guerra,
Fria e quente, não há trégua
Seja o que flor, florescerá...


No fim, não há volta mesmo.
Morte às vidas passadas.
Nada precisamos, tudo temos
Nós que somos missões renascidas...

Queremos? Destrua, se puder, o mundo.
Silêncio de misses mísseis passam,
Ruído roído, doído, moído
Doido nos benefícios de dá dó que ficam...

Crianças e suas poses de adulto,
Meros dados, brincam sem diversão,
Perder-se é o vício no falso mito
Ser ou não ser: eis a questão!

Se diz que vai, então vá
Voe logo, porque meu tempo está acabando...
Meninas, meninas, meninas vã
Joguei novelo para ratos até chegar o quando...

Quem tem olhos, uma vesga!
A boca com fome come, pragueja
Até dizer: Chega!
Mas se não cheguei, que seja.

Desconfia qual seja minha verdadeira face?
Disfarce, fingimentos não vão me revelar.
Fie o que foi dito, acredite, edite, desfaça.
Desfie o desafio, linhas dão nó na garganta
A gargantilha para quem tem pressa de se amarrar.

A liberdade é escola de outra natureza.
Quem colheu amor? Aquele que escolheu amar.
Se sou eu, chame o nome que você criou para mim, poeta.
Eterno enquanto sempre
Poesia

>> Sugestão musical: Lulu Santos - Aquilo
https://www.youtube.com/watch?v=LSpAFDLChrw

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