quarta-feira, 5 de julho de 2017

Polyana e Guilherme S2

Li no banheiro do Buriti Shopping.

"Vocês são pobres."

Abaixo, uma pobre de espírito escreveu essa mensagem merecedora de descarga.

Seu amado pode não ter lido, nem saber que você existe, vai ver, rs, mas eu li, Polyana, sua declaração tímida de amor. E lhe desejo felicidade, como eu desejei a um casal adolescente no ponto de ônibus depois de observar o jovem rapaz acalmar os choros da amada. Lógico que fiz um coraçãozinho com as mãos para os dois, o que causou risos de ambos. "Ah, se ela soubesse o que fiz você passar agora à pouco", a moça comentava baixinho para o moço, que, num sorriso complacente, demonstrava o perdão, outra face do amor.

Nos tempos de vida em rede, compartilhamos a felicidade para quem ver?

Se ama seu filho/a, por que não brinca com ele/a, em vez de postar essa foto e largá-lo depois na televisão e ficar no seu Whatsapp? Se ama sua namorada/o, por que não apenas a/o beija, aproveita o momento com ela/o, em vez de posar para a foto e ainda vir com convites no particular para outras/os? Por que essas fotos de bar em bar se queria minha presença?

Uma garota terminava a maquiagem e logo em seguida batia uma selfie, me olhando mal por estragar seu cenário fotográfico. Eu estava apenas terminando de lavar as minhas mãos.

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