quinta-feira, 13 de junho de 2013

Velhos-jovens



Um velho-jovem sentiu o coração cantarolar pela segunda vez. Mais forte que o calor que se propaga pelos motores dos carros. O amor com aquela face apaixonante, desenhando lindas batidas nas entrelinhas. Do outro lado da avenida via-se um casal de pombos preso para um ensaio fotográfico. Eles até que poderiam voar. E, mesmo assim, caminharam para sobreviver de migalhas jogadas no chão pelos expectadores. Em plena tarde fresca de outono. Uma velha-jovem também sentiu o coração cantarolar pela segunda vez. Aqueles anjos estavam, enfim, livres para não mais encenar a própria vida. 


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O texto continua em extensão musical para você, querido(a) leitor(a), abstrair mais inspirações nesta vida passageira que, para mim, só começa a ter sentido se o amor revelar sua face mais verdadeira e bela simplesmente.