segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Enquanto eu lhe amasso

Você é lindo
Sua beleza é descartável
Ignorante e idiota
Uma casca apreciável
Podre o conteúdo

Enquanto Goiânia envelhece
Você vai virar caveira
Sorrindo para os vermes
Entre poeira e feiúra

Mas tudo bem
Viva enquanto é tempo
Carpe diem

Continue cultivando a beleza exterior
Seja mais um
Não faz mal
Você é tão comum
É tão igual

Tipos assim, eu amasso
Bolinha de papel eu faço
E jogo fora com desdém

Isso até que surja alguém
Que valha a pena mudar
Estas práticas desnecessárias
.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Como fugir do demasiado humano

Esta raiva lhe consome...
O ódio em seu coração
Só você sente
Enquanto o outro some
Não se esqueceu a ação
Você consente...

Sim, eu sei
É difícil de aceitar
Uma discussão inútil
Uma traição medíocre
Implicância idiota
Ímpeto ignorante

Sim, eu sei
É difícil de aceitar
O que não quer ganhar

Dar o estragado
Ninguém é obrigado
A receber e usar
E depois de tudo
Retribuir com um sorriso
Pelo mau serviço
Isso vai ser falso
Você vai ser falso

Devolver o lixo
Produz mais lixo
Devolvê-lo é pouco polido
Repassar o lixo para outrem
É um luxo esdrúxulo
Então, descarte o material sujo
Melhor, recicle!
O ambiente social agradece

Que a mágoa sentida seja perdoada
E não pensar assim somente
Para demonstrar boa índole
Isso vai ter troco!

Entender o que as pessoas são
E aceitar suas falhas, consequências
É perdoar a imperfeição
Inerente a qualquer homem

O perdão não é desmemoriamento
É a indiferença
Para com o demasiado humano.