terça-feira, 23 de junho de 2009

Sweet Twilight

Você vê esse vinho
Que corre nas minhas veias?
Não sou desse tempo
As gerações já estão cheias
A presença do que sou
Presente em todas elas

Não sou tão diferente de você
A mesma essência
Aquele sabor que lhe entorpece
Sem nem conhecer
A água proveniente desses
Lábios doces

Aprecie-me
Por inteira
A beleza em mim
Da matéria
Constituída de alma
Aprecie-me assim
Assim lhe apreciarei

Não precisa ver o vinho
Feche os olhos
O céu está escurecendo, meu bem
Invisível, tangível
Vamos beber o vinho tinto
Mais do que alimento
Doces memórias de eternidade.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Ser ou ter: eis a questão

Nas sociedades capitalistas, vivemos em um mundo de máscaras, onde todos querem ser os personagens principais, de maneira nenhuma queremos ser coadjuvantes. Para almejarmos este papel tão pretendido (nem que seja em nosso íntimo) utilizamos certas artimanhas e influências para a obtenção do poder, ou melhor, do ter.

Este poder compreende no que você tem, e o que você tem é uma forma implícita de demonstrar o seu ser. Exemplificando: uma pessoa com um carro “da hora” é alguém super-legal; um “Ronaldinho” da vida é o mais gato da parada.

Ainda sobre o ter, a burguesia impôs uma outra idéia geniosa, compondo, enfim, sua ideologia: o ter, em si, traz felicidade. Mas refletindo um pouco, percebemos que tal pensamento é uma farsa, e por mais que compremos e consumimos, notaremos em nosso ser lacunas vazias que dinheiro nenhum do mundo preencherá.

E aí vem uma questão : Será que vale a pena a busca de bens materiais transformando isto num critério para a felicidade? Isso não quer dizer que o dinheiro, o capitalismo, é um “mal” a ser combatido, e nem por isso devemos viver como hippies. Porém não é tendo muito dinheiro ou as coisas mais tops que isso trará felicidade para tais adquirentes, fazendo disso medidas diretamente proporcionais como quanto mais você tiver, mais você será feliz. Todavia, “não vale o que temos, nem o que sabemos, nem o que fazemos: vale o que somos”.

Portanto, pode parecer piegas, mas é essencial para as nossas vidas: a felicidade provém do nosso interior, na busca da elevação espiritual do nosso ser.

domingo, 7 de junho de 2009

Momento ideal

Não é momento para lamentar o amor
Estava longe, eu sei
Eu fiz de tudo para ser especial
Pois eu desacreditava que o que era
Era bom o suficiente para lhe completar

Hora de agir mais, sim!
Explicação, cansei
Se você não acredita que é merecedor
O presente vai embora

Amor, por favor, não corra!
Chegue mais perto
Este momento é ideal
Nem sei se outro terei
Você é o que sempre procurei
Agora, complete o que faltar
Pois eu te amo muito...

sexta-feira, 5 de junho de 2009

O princípio

E vamos fazer algumas generalizações. Melhor! Vamos reproduzir o que todo mundo diz sobre assuntos que merecem mais do que uma análise superficial para dar um parecer ou um palpite. Se quer ganhar dinheiro, trabalhe. Se não quer ser mais um assalariado com ganho líquido mínimo, estude. Mas e quando queremos amar e ser amados, o que fazer? Qual é a fórmula?

Bom, respondendo as perguntas em ordem inversa de chegada, a segunda tem uma resposta séria, comprometida com a verdade e descompromissada com os lucros dos livros de auto-ajuda: não existe a fórmula do amor mútuo entre amantes. Como assim não tem?, você deve estar se perguntando talvez.

Se analisarmos um pouco isso, veremos que as pessoas são diferentes, cada um tem seus gostos e preferências, crenças e outros contextos que determinam a pluralidade de indivíduos. Considerando a ideia de que cada ser é único, utilizar uma fórmula geral em qualquer um e pensar que vai dar certo é o mesmo que acreditar que duendes esixtem. Partindo do princípio que, possivelmente, sempre terá um ou outro(a) que acredite em duendes (né, não, senhora Xuxa?), ocorrerá o mesmo na crença da "fórmula do amor" para algumas pessoas.

Não entremos nos méritos das marias e joãozinhos da vida que pensam que o amor se constrói em imagem, na mulher ser uma "gostosa" (uma comida (?): mulher melancia, mulher moranguinho e o resto da seção de horti-frutis); no cara ter dinheiro, demonstrando através de algum veículo motorizado: carro, moto e afins. Este estereótipo de amor nos diz a superficialidade de quem acredita, pois não amamos o que a pessoa tem ou aparenta, mas sim o que ela é.

Então, para os que buscam um amor em essência, sejam vocês mesmos e ouçam a razão para guiar-lhes nas ações e agir seguindo o coração. Esta não é a fórmula, mas sim, o princípio de outras aprendizagens que certamente virão.